O
“Projeto Transformarte” foi pensado como um meio para que os aprendizes
transformem, não só materiais em formas artísticas, como também seus
pensamentos, indo além do material para efeito de incorporar o conceitual. O
que torna o aprendiz apto a responder aos desafios colocados para eles naquele
determinado momento, fato que predispõe o educando a lidar de forma mais
reflexiva com situações futuras. De modo a desenvolver no aprendiz uma
capacidade de análise crítica da realidade através das leituras de obras e de
imagens presentes no dia-a-dia, envolvendo a criatividade e a criticidade.
Ao
proporcionar essas experiências aos aprendizes, temos o propósito de propiciar
situações para que eles adquiram autonomia para fazer associações entre o que
eles veem e o que eles vivenciam. Consequentemente, gerando um estímulo a
participação do educando de forma ativa e reflexiva, em demais discussões. Para
todos os efeitos, é por meio de manifestações da Arte Contemporânea, da Cultura
Visual, e de artistas como Banksy, Vik Muniz, Farnese, Quino, entre outros...
que expõe e denunciam por meio de sua arte, situações da realidade próxima de
muitos de nossos alunos, é que buscamos a aproximação entre a arte e a vida,
rompendo com essa a separação entre a arte (especificamente arte contemporânea)
e o mundo real, valorizando assim, as aprendizagens adquiridas pela vivência do
aprendiz. Segundo Freedman:
O conhecimento que os alunos
obtêm fora da sala de aula, por meio de formas populares de cultura visual,
poderiam ser usados para dar-lhes uma oportunidade de atentar para questões de
representação e de conceitualização, criação e interpretação da arte. Em outras
palavras, temos de começar a dar atenção ao conteúdo da mídia ao qual a criança
assiste e a trabalhar para ampliar o conhecimento e a imaginação das crianças
por meio de vários tipos de produções da cultura visual e da crítica. (FREEDMAN
in BARBOSA (org.), 2005.p.140).
É nesse momento que
percebemos a necessidade de estabelecer um relacionamento mais estreito com o
conhecimento adquirido pelos alunos fora do ambiente escolar, valorizando os
saberes empíricos e os conciliando com o conhecimento escolar, de maneira que o
aprendiz possa desenvolver sua interpretação de forma crítica para com imagens
e situações de qualquer contexto com maior facilidade. É preciso trazer também
para a sala de aula, o que é pertencente ao mundo deles, e não apenas apresentar
obras eruditas para leitura sem que haja uma relação entre a obra e as
experiências de vida do aprendiz. Essa situação facilitaria o processo de
ensino/aprendizagem e aproximaria assim, a arte da realidade do alunado. De
acordo com o PCN:
O mundo atual caracteriza-se por uma
utilização da visualidade em quantidades inigualáveis na história, criando um
universo de exposição múltipla para os seres humanos, o que gera a necessidade
de uma educação para saber perceber e distinguir sentimentos, sensações, ideias
e qualidades. [...] Tal aprendizagem pode favorecer compreensões mais amplas
para que o aluno desenvolva sua sensibilidade, afetividade e seus conceitos e
se posicione criticamente. (BRASIL,1997.p.61).
Por meio do “Projeto
Transformarte”, pretendemos investigar como a Arte Contemporânea
contribui para a formação crítica do aprendiz, para fins da realização de uma
pesquisa-ação, como experiência para obtenção de respostas para o Trabalho de
Conclusão de Curso- (TCC), executado de forma monográfica.
Conto com colaboração de todos os envolvidos!
Atenciosamente,
Silvana Fonseca
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